Nova gestão de Niterói começa com secretariado polêmico

Um secretariado muito parecido ao que o acompanhou em seus outros mandatos e a proposta de reforma na estrutura de governo. É assim que Jorge Roberto volta ao poder, seis anos após deixar a prefeitura. Cercado de polêmicas, o prefeito anunciou que vai extinguir algumas secretarias e criar duas coordenadorias em que seus titulares terão status de secretário. Uma é a de Planejamento Urbano, entregue a um dirigente do mercado imobiliário; a outra, de Projetos Especiais, que fica com o ex-prefeito João Sampaio (PDT). Já a poderosa Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa) será comandada por José Roberto Mocarzel, investigado pelo Ministério Público por enriquecimento ilícito cinco anos atrás, em um inquérito que não comprovou denúncias ligadas ao político. A indicação de Joaquim Andrade, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-Niterói), para a Coordenadoria de Planejamento Urbano foi alvo de uma chuva de críticas. Andrade, que é um empresário do setor imobiliário, anunciou que não pretende deixar a Ademi. A declaração suscitou dúvidas sobre a isenção das ações coordenadas pelo novo órgão. — Profissionalmente, tenho muito respeito pelo Joaquim Andrade, mas acho que existe conflito de interesses neste caso. É ele quem vai decidir onde pode construir espigão ou que vai fiscalizar a expansão do setor imobiliário? — indagou o ex-vereador Paulo Eduardo Ramos. José de Azevedo, presidente do Conselho Comunitário da Orla da Baia de Niterói (CCOB), demonstrou preocupação com a revisão do PUR das Praias da Baía e da Região Oceânica. — Foi uma medida assim espetacular — ironizou. — O Jorge disse que daria um susto na população e deu mesmo. A especulação imobiliária agora está sacramentada. Fico pensando o que será feito da revisão do PUR da Região Oceânica e da Orla. Fonte: Baiiros.com – O Globo

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